contato

NÚCLEO DE APOIO CRISTÃO

 

Intercessão

Oração Espiritual

 
 

ESTUDOS SOBRE ORAÇÃO E JEJUM - Parte 6

 

Orar no Espírito ou orar em línguas é um sinal de que a oração é mais santa? Vai esse tipo de oração direto para o trono de Deus ? Vamos ver o que a Bíblia nos diz sobre isso.
  
ORAR NO ESPÍRITO E ORAR EM LÍNGUAS


O apóstolo Paulo dá especial importância ao fato de a verdadeira oração ser obra do Espírito Santo. Ele fala daquela liberdade, alegria e confiança na oração que brota da nossa consciência de sermos filhos de Deus. Em outras palavras, tal oração não tem origem em qualquer poder que o homem possui, e nunca pode ser considerada uma obra meritória. Assim como a própria fé, da qual a oração vai brotando, e com a qual esta praticamente idêntica, uma dádiva celestial. (veja Rm. 8:15; Ef. 6:18; Gl. 4:6).
 

Para Paulo, a oração, em última análise, o Espírito que habita em nós e nos dá energia, que conversa com o próprio Deus, que  o Espírito. (II Co. 3:17; Jo. 4:24) Logo a oração, para ser eficaz, no depende da eloqüência humana nem de qualquer estado de Espírito específico do homem. O apóstolo ressalta, pelo contrário, que a oração operada no Espírito  tanto evidência da certeza da salvação, quanto aumento da mesma. (Rm. 8:15-16).
 

Uma boa interpretação de Rm 8:26 sustenta que no se trata meramente de no sabermos como orar, mas também, o que devemos orar. Visto que a oração, nos escritos de Paulo, nunca se faz sem palavras, entende-se que os gemidos ou suspiros referidos são exclamações de oração que acompanhavam o grito de aclamação : Aba, Pai! (Rm. 8:15). Orar no Espírito então,  é sempre no sentido de o Espírito colocar na boca do homem aquilo que ele deve pedir em oração. Embora a tradição palestiniana no permitisse que o raciocínio fosse deixado de lado, Paulo também expressa essa preocupação conforme I Co. 14:15. Porém o orar no Espírito também se expressa por orar em línguas, e  com isso que Paulo também se ocupa em I Co. 14:7-14. O Dom de línguas que tinha o seu lugar no culto público, aqui se descreve em termos de gemidos profundos demais para que se possa expressar por palavras, são expressões glossolálicas. Visto que o próprio Espírito está agindo aqui, e que o orar em línguas é o veículo de comunicação mediante os crentes clamam a Deus, o fenômeno terrestre  a expresso e reflexo de um fenômeno celestial.
 

Paulo não desenvolve esse conceito num sentido pietista de nos erguer acima das nossas foras para nos aproximar de Deus. O Espírito no nos livra de coisas terrestre, mas sim, como nosso procurador, leva  Deus as nossas necessidades de maneira que nós mesmos no podemos expressar. As expresses verbais não são as línguas do anjos que indicariam uma possesso completa da presença de Deus, que  o que os Coríntios falsamente supunham, mas sim um sinal da solidariedade da igreja com o restante da criação, que suspira ou geme da mesma maneira. A presença do Espírito, pois,  apenas primícias da plena realidade da nossa adoção como filhos.
 

Orar em Espírito ou em línguas  uma necessidade e somos edificados com isso porém são feitas por pessoas pecadoras e cheias de fraquezas, as fraquezas porém não são meras falhas espirituais, mas sim, descrições da condição humana. Além disso quando oramos em línguas no  isso um sinal de que a igreja já se realizou, por assim dizer, ou que isso represente uma espiritualidade adiantada, pelo contrário, para Paulo  nada mais do que o clamor por libertação, feito por aqueles que sofrem tentações.
 

Podemos ir além e indicar que Paulo no diz aqui que o suspirar  uma forma adequada de prestar culto. Na realidade diz o contrário. É inadequado, pois mostra que no sabemos o que orar conforme devemos, e que essas expresses verbais no transmitem aquilo que está na mente de Deus. Tal falha, porém,  compensada mediante a intercessão do Espírito. Essa intercessão  aceitável a Deus, porque Deus conhece a mente do Espírito, e o Espírito intercede em conformidade com a vontade de Deus. Mais tarde, Paulo define o culto espiritual ou racional em termos de apresentar o corpo por sacrifício vivo e agradável a Deus, (Rm. 12:1), passa então a explicar o que significa isso em termos de no se conformar com o mundo, da renovação da mente, de fazer uso dos seus dons dentro do corpo de Cristo, e da vivência diria num mundo dominado por autoridades pagãs (conf. Cap. 12 e 13). Essas referências indicam como se deve complementar a adoração que se descreve no capítulo 8 de Romanos. Implica na dedicação a Deus da personalidade total, de modo racional, que abrange a totalidade da mente; e prático, alcançando os aspectos práticos da vivência de todos os dias, na igreja e no mundo.
 

Podemos então concluir que orar no Espírito ou orar em línguas é uma expressão de fé e busca de Deus e não um sinal de santidade, é necessário para orarmos em intimidade com Deus e sermos edificados, porém é uma expressão clara da nossa fraqueza, de que necessitamos da operação do Espírito para alcançarmos pleno êxito na nossa busca em direção a Deus.

No próximo estudo veremos sobre como orar a Palavra, e de como isso  poderoso para alcançarmos tudo o que a Palavra de Deus tem para nós. Releia essa e as outras apostilas e ponha em prática tudo o que o Espírito tem te ensinado.

Pr. Cláudio Galvão

Ir para o próximo estudo

Voltar para Intercessão
Associe-se Já!Você também pode fazer parte desta obra missionária

LEGENDA DE USO DO SITE:    Acesso liberado para visualização e cópia

Acesso restrito para uso dos Associados