O
jejum é bíblico.
Está presente tanto no
Antigo como no Novo
Testamento. Os profetas, os
apóstolos, o próprio Jesus,
bem como muitos servos de
Deus do passado como
Agostinho, Lutero, Calvino,
John Knox, John Wesley,
Dwight Moody e outros mais
através da história
praticaram o jejum. Ainda
hoje, o jejum é uma prática
devocional importante que
não pode ser esquecida pela
igreja.
John Piper definiu jejum
como fome de Deus e não
apenas pelas bênçãos de
Deus. O jejum cristão nasce
exatamente da saudade de
Deus. O jejum é um teste
para conhecermos qual é o
desejo que nos controla.
Mais do que qualquer outra
disciplina, o jejum revela
as coisas que nos controlam.
Firmado nessa compreensão
Martyn Lloyd-Jones diz que o
jejum não pode ser entendido
apenas como uma abstinência
de alimentos, mas deve
também incluir abstinência
de qualquer coisa que é
legítima em si mesma por
amor de algum propósito
espiritual.
Na verdade, devemos comer e
jejuar para a glória de Deus
(1Co 10.31). Quando nós
comemos, saboreamos o
emblema do nosso alimento
celestial, o Pão da Vida. E
quando jejuamos, dizemos,
“eu amo a realidade acima do
emblema”. O alimento é bom,
mas Deus é melhor (Mt 4.4).
Na verdade quanto mais
profundamente andamos com
Cristo, mais famintos nós
nos tornamos dele, mais
saudade temos dele, mais
desejamos da plenitude de
Deus em nossa vida.
Nós vivemos numa geração
cujo deus é o estômago (Fp
3.19). Muitas pessoas
deleitam-se apenas nas
bênçãos de Deus e não no
Deus das bênçãos. Quem jejua
tem mais pressa de desfrutar
da intimidade com Deus do
que alimentar-se. Quem jejua
tem mais fome do Pão do Céu
do que do pão da terra. Quem
jejua tem mais saudade do
Pai do que das suas bênçãos.
Quem jejua está mais
confiado no poder que vem do
céu do que nos recursos que
procedem da terra.
O propósito do jejum não é
obter o favor de Deus ou
mudar sua vontade (Is
58.1-12). Também não é para
impressionar os outros com
uma espiritualidade
farisaica (Mc 6.16-18). Nem
é proclamar a nossa
espiritualidade diante dos
homens. O jejum deve ser uma
demonstração do nosso amor a
Deus. Jejuar para ser
admirado pelos homens é uma
motivação errada. Jejum é
fome de Deus e não de
aplausos humanos (Lc 18.12).
O jejum é para nos
humilharmos diante de Deus (Dn
10-12), para suplicarmos sua
ajuda (2Cr 20.3; Et 4.16) e
para nos retornarmos para
ele de todo o nosso coração
(Jl 2.12,13). O jejum para
reconhecermos nossa total
dependência da proteção
divina (Ed 8.21-23). O jejum
é um instrumento para
fortalecer-nos com o poder
divino em face dos ataques
do inferno (Mc 9.28,29).
Deus tem realizado grandes
intervenções na história
através da oração e do jejum
do seu povo. Quando deu a
lei para o seu povo, Moisés
dedicou quarenta dias à
oração e ao jejum no Monte
Sinai. Deus libertou Josafá
das mãos dos seus inimigos
quando ele e seu povo se
humilharam em oração e jejum
(2Cr 20.3,4,14,15,20,21).
Deus libertou o seu povo da
morte através da oração e
jejum da rainha Ester e do
povo judeu (Et 4.16). Deus
usou Neemias para restaurar
Jerusalém quando este orou e
jejuou (Ne 1.4). Deus usou
Paulo e Barnabé para plantar
igrejas no Império Romano
quando eles devotaram-se à
oração e ao jejum (At
13.1-4). Os grandes
reavivamentos na história da
igreja foram respostas de
oração e jejum. As campanhas
evangelísticas com
resultados mais promissores
são regadas pela oração da
igreja e o jejum dos fiéis.
Aqueles que mais conhecem a
intimidade de Deus e mais se
deleitam nele são aqueles
que praticam o jejum com
certa regularidade.
Hoje temos muitos motivos
que deveriam nos levar a
jejuar. Precisamos
urgentemente da intervenção
de Deus em nossa vida, em
nossa família, em nossa
igreja, em nosso país. Que
Deus nos desperte para orar
e jejuar!
Que Deus nos leve a uma vida
de quebrantamento e
santidade! Que Deus sacie a
nossa alma nos ricos
banquetes da sua graça!
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