Um de meus amigos ia toda
quinta-feira à noite a uma
piscina coberta. Ele sempre
via ali um homem que lhe
chamava a atenção: ele tinha
o costume de correr até a
água e molhar só o dedão do
pé. Depois subia no
trampolim mais alto e com um
esplêndido salto mergulhava
na água. Era um excelente
nadador.
Não era de se
estranhar, pois, que meu
amigo ficasse intrigado com
esse costume de molhar o
dedão antes de saltar na
água? Um dia tomou coragem e
perguntou-lhe a razão
daquele hábito.
O homem
sorriu e respondeu: “Sim, eu
tenho um motivo para fazer
isso.
Há alguns anos, eu era
professor de natação de um
grupo de homens. Meu
trabalho era ensiná-los a
nadar e saltar do trampolim.
Certa noite não conseguia
dormir e fui à piscina para
nadar um pouco; sendo o
professor de natação, eu
tinha uma chave para entrar
no clube. “Não acendi a luz
porque conhecia bem o lugar.
A luz da lua brilhava
através do teto de vidro.
Quando estava sobre o
trampolim, vi minha sombra
na parede em frente. Com os
braços abertos, minha
silhueta formava uma
magnífica cruz.
Em vez de
saltar, fiquei ali parado,
contemplando aquela imagem.”
O professor de natação
continuou: “Nesse momento,
pensei na cruz de Jesus
Cristo e em seu significado.
Eu não era um cristão, mas
quando criança aprendi um
cântico cujas palavras me
vieram à mente e me fizeram
recordar que Jesus tinha
morrido para nos salvar por
meio de seu precioso sangue.
Não sei quanto tempo fiquei
parado sobre o trampolim com
os braços estendidos e nem
compreendo por que não pulei
na água.
Finalmente voltei,
desci do trampolim e fui até
à escada para mergulhar na
água. Desci a escada e meus
pés tocaram o piso duro e
liso... na noite anterior
haviam esvaziado a piscina e
eu não tinha percebido.
“Tremi todo e senti um
calafrio na espinha. Se eu
tivesse saltado, seria meu
último salto.
Naquela noite,
a imagem da cruz na parede
salvou minha vida.
Fiquei
tão agradecido a Deus – que
por me amar permitiu que eu
continuasse vivo – que me
ajoelhei na beira da
piscina. Tomei consciência
de que não somente minha
vida física, mas minha alma
também precisava ser salva.
Para que isso acontecesse,
foi necessária outra cruz,
aquela na qual Jesus morreu
para me salvar.
Ele me
salvou quando confessei os
meus pecados e me entreguei
a Ele.” “Naquela noite fui
salvo duas vezes, física e
espiritualmente.
Agora tenho
um corpo sadio, porém o mais
importante é que sou
eternamente salvo. Talvez
agora você compreende porque
eu molho o dedão antes de
saltar na água.”
|