Segundo um pregador
americano de nome Don R.
Falkenberg, numa aldeia
americana residiam uma viúva
e seu filhinho.
A mãe era uma senhora de
bela aparência, porém tinha
suas mãos deformadas por
horríveis cicatrizes,
resultantes de quei¬maduras.
Quando a criança atingiu
certa idade, e começou a
obser¬var o contraste entre
as pessoas, não deixava de
perguntar a sua mãe por que
as suas mãos eram tão feias.
Ao que ela sempre respondia
com evasivas.
Quando, porém, a mãe
percebeu que o seu filho, já
adolescente, tinha idade
suficiente para melhor
entender os fatos, chamou-o
ternamente e disse-lhe:
Filho, quando você ainda era
bem pequeno, certo dia,
estava brincando na sala, e
eu trabalhando na cozinha.
De repente ouvi seus gritos!
Corri depressa e vi que você
tinha se aproximado demais
da lareira, e estava já todo
em chamas. Lancei-me sobre
você, e rasguei sua
roupinha, antes que ficasse
todo queimado; você ficou
apenas chamuscado; minhas
mãos, porém, devido às
chamas ardentes que o
envolviam, ficaram todas
queimadas. Esta é a razão
por que tenho as mãos tão
feias, como você mesmo já
observou.
Emudecido por alguns
momentos, enquanto olhava
para aquelas mãos
cicatrizadas, o rapaz
atirou-se ao pescoço da
querida mãe e, num amplexo
de amor, gratidão e carinho,
começou a beijar com ternura
aquelas mãos deformadas
pelas cicatrizes, e exclamou
cho¬rando: Mamãe, suas mãos
nunca foram feias. Na
verdade, elas são as mais
belas do mundo.
Cristo, no calvário, foi
atingido por diversas
espécies de ferimentos
físicos, aplicados
impiedosamente, causando-lhe
sofrimento nunca jamais
experimentados por algum ser
humano: a moedura, a
dilaceração, a perfuração, a
incisão e o quebrantamento.
Assim também, na face de
Cristo, terrivelmente
vinculada pe¬las chagas do
Calvário, podemos vislumbrar
a beleza do Cordeiro de
Deus. Somente quando
compreendermos que ele "foi
transpassado pelas nossas
transgressões, e moído pelas
nossas iniqüidades" (Is
53.5), a fim de nos resgatar
de um sofrimento multo maior
do que queimaduras físicas,
poderemos exclamar em
cânticos solenes:
Maravilhoso é Cristo.
"... Cristo morreu, uma
única vez, pelos pecados, o
justo pelos injustos, para
conduzir-vos a Deus; morto,
sim, na carne, mas
vivificado no espírito". 1Pe
3. 18
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