Que bom quando nos
apaixonamos por alguém! Os
nossos sentimentos são tão
fortes e queremos fazer tudo
para agradar ao outro. Não
somos conscientes dos seus
defeitos e fraquezas e
estamos convencidos que vai
ser sempre assim.
Na realidade, depois de um
tempo de estarmos
apaixonados (talvez dois
anos), os nossos sentimentos
mudam. Começamos a ver
coisas no nosso cônjuge que
nos irritam, e não estamos
dispostos a fazer tudo que
ele quer. Pelo contrario, é
difícil agradar ao outro
quando não queremos.
Como é possível manter o
amor quando os sentimentos
já foram embora?
Todos nós queremos amar e
ser amados, compreender mais
sobre as nossas necessidades
e as do nosso cônjuge, e
aprender a amar um ao outro
melhor.
De fato, as pessoas são
muito diferentes na maneira
em que mostram amor e na
maneira em que querem ser
amados. Talvez você seja uma
pessoa que se sente amada
quando o seu cônjuge
comunica o seu amor através
de palavras, mas talvez o
seu parceiro não percebe
isto e a maneira em que ele
comunica o seu amor e
através de a ajudar em casa
ou com os filhos. Se os dois
perceberem o que é
importante para o outro,
isto vai ajudar o casamento.
Vasos vazios
Emocionalmente todos nós
somos como vasos vazios que
precisam de ser preenchidas
com amor, mas somos
preenchidos em maneiras
diferentes. Para uma pessoa,
receber flores e prendas vai
preencher a sua necessidade
de amor. Para outra pessoa,
intimidade física significa
que é amado.
Precisamos aprender como
suprir as profundas
necessidades de amor do
parceiro.
Basicamente as pessoas
sentem-se amadas através de
uma ou várias das seguintes
maneiras:
PRIMEIRA LINGUAGEM DO AMOR:
PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO
Elogios verbais e
palavras de apreciação são
poderosos comunicadores do
amor. São os melhores
comunicados em forma de
expressão direta e simples,
como: “Você ficou tão
elegante com esse terno”;
“Você está muito bem com
esse vestido”; “Ninguém faz
essas batatas melhor que
você”.
Não sugiro que use de
bajulação para conseguir
o que deseja de seu cônjuge.
O objetivo do amor
não é obter o que se quer,
mas fazer algo pelo
bem-estar daquele a quem se
ama. É verdade, porém,
que ao recebermos palavras
elogiosas, de afirmação,
tornamo-nos mais motivados a
sermos recíprocos e a
fazermos algo que nosso
cônjuge deseje.
Além de elogios verbais,
outra maneira de expressar
palavras de afirmação é com
palavras encorajadoras.
Em determinadas fases da
vida todos nós nos sentimos
inseguros. Não possuímos a
coragem necessária, e esse
medo impede-nos de
realizarmos certos atos
positivos que gostaríamos de
concretizar. O potencial
latente do seu cônjuge,
nestas áreas de
instabilidade, talvez espere
suas palavras de
encorajamento.
Encorajamento requer
empatia que nos leva a
enxergar o mundo segundo a
perspectiva de nosso
cônjuge. Devemos, em
primeiro lugar, procurar
saber o que é importante
para ele.
Se desejamos desenvolver um
relacionamento precisamos
saber quais são os desejos
da pessoa amada. Se queremos
amar um ao outro, precisamos
saber como fazê-lo.
A melhor coisa que podemos
fazer com os fracassos do
passado é torná-los em
simples história. Sim,
eles ocorreram, e
machucaram. E talvez ainda
magoem, mas ele reconheceu
seu erro e pediu o seu
perdão.
O perdão não é um
sentimento, mas um
compromisso. É a opção
de se mostrar misericórdia e
não de se jogar a ofensa no
rosto do ofensor. Perdão é
uma expressão de amor.
Palavras humildes:
quando alguém faz um pedido
a seu cônjuge, afirma as
habilidades dele. Faz
entender que ele possui, ou
pode fazer algo, que é
significativo ou valioso
para o outro. No entanto,
quando dá ordens, torna-se
um tirano. Seu cônjuge
não se sentirá afirmado, mas
diminuído.
SEGUNDA LINGUAGEM DO AMOR:
QUALIDADE DE TEMPO
Ter um tempo de qualidade
com seu cônjuge. Querer
ser alvo da sua atenção, que
lhe dedique mais tempo e
possam realizar algumas
atividades juntos.
Qualidade de tempo significa
dedicar a alguém sua
inteira atenção, sem
dividi-la. Não é sentar
no sofá e assistir TV. É
assentar-se ao sofá, com a
TV desligada, olhar um para
o outro e conversar, no
processo de dedicação mútua.
É dar um passeio juntos, só
os dois. É ambos saírem para
comer fora.
O aspecto central da
qualidade de tempo é
estar sempre juntos. Não
quero dizer simples
proximidade. Duas pessoas
sentadas em uma mesma sala
estão próximas, mas não
necessariamente juntas. O
estar junto tem a ver com o
focalizar a atenção.
Uma conversa de qualidade
deve envolver disposição
para ouvir e aconselhar,
quando solicitado, e jamais
de forma arrogante.
Dicas para uma conversa
de qualidade:
- Procure olhar nos olhos
do seu cônjuge quando
ele lhe falar (ajuda a não
divagar e comunica atenção);
- Não faça outra coisa
enquanto ouve seu cônjuge;
- Escute o “sentimento”.
Pergunte-se o tipo de emoção
que seu cônjuge sente no
momento. Certifique-se de
que seu pensamento está
correto
- Observe a linguagem
corporal. Punhos
cerrados, mãos trêmulas,
lágrimas, cenho franzido
indicam o sentimento;
- Recuse interrupções.
Se eu lhe dedicar minha
total atenção enquanto você
fala, evitarei defender-me a
fim de fazer-lhe acusações.
Meu objetivo é perceber seus
sentimentos e pensamentos. O
alvo não é auto defender-me
ou permitir que você ganhe
uma discussão. A intenção é
compreender o outro.
Atividades de qualidade:
um dos pontos positivos das
atividades de qualidade é
que elas possibilitam o
armazenamento de um banco
de memórias ao qual
podemos nos reportar pelos
anos futuros. Feliz é o
casal que se lembra de uma
caminhada feita de manhã ao
longo da praia; de uma
árvore plantada no jardim;
do projeto de pintura dos
quartos; da noite em que
foram juntos ter aulas de
patim e um deles caiu e
quebrou a perna; dos
passeios pelo parque; de um
passeio de bicicleta. Essas
são memórias de amor,
especialmente para aquelas
pessoas cuja primeira
linguagem for qualidade de
tempo.
TERCEIRA LINGUAGEM DO AMOR:
RECEBER PRESENTES
Antes de comprarmos um
presente para alguém,
pensamos naquela pessoa. O
objeto em si é um símbolo
daquele pensamento. Não
importa se foi caro ou
barato.
Símbolos visuais do amor
são mais importantes para
uns do que para outros.
Por esse motivo, existem os
que, após se casarem, nunca
mais tiram a aliança porém,
também há alguns que nem
chegam a usá-la. Essa é uma
evidência de que as pessoas
possuem linguagens do amor
diferentes.
Quem tem essa linguagem vive
grandes emoções ao receber
presentes. Vê neles
expressões de amor.
Sem lembranças como símbolos
visuais, o amor do cônjuge
poderá até ser questionado.
Se a primeira linguagem de
seu cônjuge for “receber
presentes”, você deve se
tornar um expert nessa área.
Não espere uma ocasião
especial. Se esta for a
primeira linguagem de seu
cônjuge, praticamente tudo o
que você lhe conceder será
recebido como expressão de
amor.
Se ele foi muito crítico
em relação aos presentes
que recebeu no passado,
então essa é uma grande dica
de que receber presentes
não é a primeira linguagem
do amor do seu cônjuge.
A presença do cônjuge, em
tempos de crise, é o maior
presente que se pode dar a
um cônjuge cuja primeira
linguagem do amor seja
receber presentes.
QUARTA LINGUAGEM DO AMOR:
FORMAS DE SERVIR
É fazer aquilo que você
sabe que seu cônjuge
gostaria que você fizesse.
É procurar agradar
realizando coisas que
ele aprecia, expressando
amor através de diversas
formas de servir.
Jesus deu uma ilustração
simples, porém profunda, ao
expressar amor através de
uma forma de serviço quando
lavou os pés dos
discípulos.
QUINTA LINGUAGEM DO AMOR:
TOQUE
FÍSICO
No casamento, o toque de
amor existe em várias formas.
Considerando-se que os
receptores ao toque
localizam-se por todo o
corpo, um afago amoroso em
qualquer parte pode
comunicar amor a seu
cônjuge.
Seu cônjuge apreciará
alguns toques mais do que a
outros. Aprenda com
ele.
Não insista em tocar de
seu jeito e em seu tempo.
Aprenda a falar o dialeto do
outro, pois alguns toques
podem ser considerados
desconfortáveis ou
irritantes. Não caia no
erro de achar que o que lhe
traz prazer também trará a
seu cônjuge.
As crises propiciam uma
oportunidade singular para
se expressar amor. Toques
afetuosos serão lembrados
muito tempo ainda após as
dificuldades terem passado.
Porém, a ausência de seu
toque talvez jamais seja
esquecida.
Um gostoso cafuné, andar de
mãos dadas, abraços
apertados ou não, relações
sexuais, tudo isso faz parte
das necessidades de quem
possui o “toque físico” como
sua primeira linguagem do
amor.
Por que não falar com o seu
cônjuge e tentar descobrir o
que você pode fazer para ele
sentir-se amado por si, e o
que ele pode fazer para você
sentir-se amada por ele? |