Texto:
“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou
no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para
saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus
mandamentos”(Dt 8.2).
Introdução: Será que você tem vivido
no deserto e ainda não compreendeu? Abaixo algumas características
inerentes à vida neste local tão inóspito.
1. Motivação errada no coração
Algumas pessoas pensam que estão realizando a obra de Deus, mas estão
edificando um monumento para si mesmas. O deserto instiga a manifestação
de motivações erradas no nosso coração.
O deserto é lugar de sol, assim nos vemos à luz de Deus. É também local
de sequidão, todo o que vive na carne é seco, árido, não tem nada para
ministrar ao outro. Reconhecendo as motivações erradas poderemos avançar
para a Terra Prometida. (Ex.13.3,5).
2. Ausência de Celebração
Só podemos celebrar a redenção com revelação vivenciando a plenitude da
vida ressurreta.
A Páscoa era para ser contada aos filhos. Era a única maneira das
crianças compreenderem o propósito de Deus. Muitos pais hoje em dia, não
vivem a vida abundante de Deus, vivem no deserto. Talvez seja esse o
motivo porque muitos filhos de crentes não se convertem. O Senhor
ordenou a celebração de três festas (Ex 23.14-16) todas ligadas ao
plantio e a colheita. O deserto não é lugar de festa, mas de tédio.
Muitos crentes não conseguem celebrar, certamente por que estão no
deserto.
3. Indisciplina e falta de compromisso com Deus
– Dt 12.7-8
No deserto, não se semeia nem se colhe nada; logo, podemos afirmar que o
crente carnal, que vive no deserto, também não possui fruto nenhum para
apresentar a Deus. Isso por que só faz o que lhe parece bom aos próprios
olhos. Suas ações poderiam até ser sinceras, mas sem a direção do
Espírito Santo (1Co 10.5).
4. Não entram no descanso – Dt 12.9;
Hb 4.9,10
Enquanto vivermos apenas para fazer aquilo que agrada ao nosso coração,
jamais desfrutaremos o descanso do Senhor, razão pela qual somos
atribulados por preocupações e ansiedades. Se ainda não temos o descanso
do Senhor com certeza é por que ainda vivemos no deserto.
5. Não se apropriam da herança
A incredulidade impediu o povo de Israel de conquistar a terra de Canaã
(Nm 13.33). A incredulidade é o único motivo que nos impede de desfrutar
tudo aquilo que Deus tem para nós em Cristo.
Compartilhar: Quais as evidências de uma pessoa que está vivendo
no deserto? É possível viver vagando pelo deserto e não estar ciente
disso?
6. Mente mundana – Nm 11.4-8
O Maná era bom, ao servir o propósito para o qual foi enviado, mas
originalmente, sua finalidade não era se tornar a dieta básica dos
filhos de Israel durante 40 anos. Deus havia preparado para eles a terra
de Canaã, porém, eles preferiram ficar no deserto, sonhando com o Egito.
Aqueles que, apesar de redimidos, ainda vivem no deserto, têm o apetite
espiritual despertado para as coisas mundanas. O cristão do deserto,
invariavelmente, é um homem mundano.
Compartilhar: Você tem experimentado uma variedade de pratos
(unção, sinais, prodígios, milagres, maravilhas, dons, etc.) ou apenas
tradicional “feijão com arroz”?
O que lhe impede de usufruir do leite,
do mel e das delícias de Canaã?
Conclusão: Poderíamos citar muitas
outras características. No entanto, nos basta a exortação de Paulo em
1Co 10.1-13. Ele nos orienta a não viver conforme o exemplo de Israel.
Quão triste e quão amarga é a vida no deserto!