Texto: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os
profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes
os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes
que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia
e compassivo” (Tg 5.10,11).
Introdução: A tendência da alma humana é o desanimar frente a
grandiosidade dos desafios que enfrentamos ao longo da vida. Os nossos
dias são cheios de tribulações, porém a Palavra de Deus nos instrui
dando-nos estratégias como devemos viver e vencer.
Como perseverar firmes? Vejamos:
1. Fazer uma autoanálise.
Existem leis da vida que atuam continuamente sobre nós e precisamos
aprender a lidar e vencer - “Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo
sucede ao justo e ao perverso; ao bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que
sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom como ao pecador; ao que jura
como ao que teme o juramento” (Ec 9.2).
Aspectos comportamentais que trazem o cumprimento dessa lei:
a. Falta de sabedoria: “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os
loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7). Veja o que disse Davi
em Salmo 25.12, 13: “Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no
caminho que deve escolher. Na prosperidade repousará a sua alma, e a sua
descendência herdará a terra”. Analise Tiago 1.5: “Se, porém, algum de
vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e
nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”.
b. Relaxamento: Desvaloriza o quem e tem e traz desperdício com o que
Deus dá. Exemplos: finanças, família, trabalho, ministério e etc.
c. Relacionamento distante de Deus: O pecado traz tribulações afim de
gerar arrependimento pois é uma quebra de aliança com Deus.
d. Frios na fé: “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo
filho a quem recebe” (Hb 12.6).
e. Falta de aprimoramento da fé: As grandes conquistas são proporcionais
ao nosso nível de fé, por isto, precisamos ter a fé aprimorada –
“Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não
pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação,
segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3).
2. Ter entendimento da situação e usar o
potencial
a. A mulher com o fluxo de sangue: “tendo ouvido a fama de Jesus, vindo
por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque, dizia:
Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou
a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo” (Mc
5.27-29)
b. O treinamento que recebemos ao longo da vida nos ajuda a passar pela
tribulação: “Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo
e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura
como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele
que me fortalece” (Fl 4.12,13).
3. Aceitar a realidade do momento de vida
Fazer uma leitura real de tudo visando tomada de decisões, tais como:
finanças, casamento, trabalho, ministério e etc. Quando aceitamos a
nossa realidade, então saberemos como agir visando a reversão do quadro
contrário.
4. Não se isolar
No meio da tribulação se nos isolarmos seremos presas fáceis para o
destruidor. “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do
seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do
que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante” (Ec 4.9,10).
Veja ainda: “O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se
contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18.1).
5. Não transferir responsabilidades
A postura de Adão quando foi confrontado por Deus foi de transferir
responsabilidade pela desobediência para Eva – “Então, disse o homem: A
mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” (Gn
3.12).
O pecado de Eva diz respeito às mulheres – “E à mulher disse:
Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores
darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te
governará” (Gn 3.16).
O pecado de Adão diz respeito à toda humanidade – “E a Adão disse: Visto
que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara
não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o
sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e
abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu
pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e
ao pó tornarás” (Gn 3.17-19).
6. Ter paciência
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
A paciência produz três coisas:
a. Nos livra da precipitação – “Não é bom proceder sem refletir, e peca
quem é precipitado” (Pv 19.2).
b. Produz equilíbrio emocional – Livra da ansiedade e do desânimo.
c. Livra do pecado da murmuração – “Nem murmureis, como alguns deles
murmuraram e foram destruídos pelo exterminador” (1 Co 10.10).
7. Desloque o seu olhar
Mude o foco tirando os olhos da dor.
Tire a mente do problema e veja a solução.
Conclusão: Deus é fiel em todas as suas promessas: “Aqui está a
perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus” (Ap 14.12).
“Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna
glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de
aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pe 5.10).