Texto: 2 Cr 20.1-22
Introdução: Josafá e toda a nação de Judá
estão em grande aperto. A Palavra de Deus nos diz que o rei Josafá
“andou no caminho de Asa, seu pai, e não se desviou dele, fazendo o que
era reto perante o Senhor” (2 Cr 20.32). No entanto, mesmo um rei como
ele, que tomou medidas importantes quanto à justiça e à vida religiosa
da nação de Judá (2 Cr 19.4-11), buscando colocar sua vida e a de todo o
povo na presença de Deus, teve seus momentos dramáticos, de grandes
dificuldades e aperto.
No texto lido, observamos que esteve diante de situação de medo,
insegurança e desespero, quando se viu diante dos exércitos moabitas e
amonitas. Apesar disso, ele buscou em Deus a saída e saiu vitorioso.
OS PASSOS PARA
A VITÓRIA EM TEMPOS DE CRISE.
Sabemos que nesses dias que precedem o fim dos
tempos, os exércitos inimigos se levantam contra a Igreja de Jesus,
procurando obter vitórias, levando muitos cristãos para situações
semelhantes à de Josafá. É provável que estejam sofrendo esses ataques
do inimigo (opressão, medo e insegurança), justamente no momento em que
procuram acertar suas vidas com o Senhor. É nessa hora que podemos
observar as várias formas com que muitas pessoas se portam: uns
murmuram, reclamam de Deus por permitir que tais coisas aconteçam,
outros, abandonam a fé, a Igreja e seus projetos de permanecerem na
presença do Senhor, mas outros, no entanto, buscam uma saída correta,
agem como Josafá, que deu alguns passos estratégicos que o conduziram à
vitória.
1. Josafá reconheceu a
sua situação e foi buscar socorro no Senhor (v.1-6).
A verdade é que há momentos em que até rei tem medo, até crente, cheio
do poder, tem medo! É um erro grave não confessar isso diante do Senhor,
pois pode sinalizar uma espiritualidade falsa. Confessar a Deus e buscar
a solução é uma coisa, viver em função do medo é outra. Como filhos do
Deus vivo, não podemos ser paralisados e vencidos pelo medo. Nossos
medos, ao contrário, devem nos levar a buscar mais ao Senhor, e jamais
fugir dEle ou da batalha, como muitos fazem, abandonando o Senhor, a fé,
a Igreja, os amigos.
Toda crise deve nos levar à confissão, à busca do Senhor, à permanência
com o povo de Deus. É preciso parar de murmurar, de reclamar da
situação. A solução vem quando nos ajuntamos para buscar no Senhor a
saída e a vitória. Na hora da crise é necessário o ajuntamento da
família, da célula e do discipulado em jejum e oração diante do Deus de
poder e das maravilhas.
2. Josafá trouxe à
memória as alianças e as promessas de Deus (v. 7-13).
A questão não era se Deus tinha se esquecido ou não das Suas palavras,
porque isto é impossível (a única coisa de que Deus se esquece é dos
nossos pecados confessados e arrependidos). Confessar as alianças e
promessas de Deus é para que nos lembremos que Ele tem compromisso
conosco e é absolutamente fiel, o que nos fortalece na fé e na
esperança.
A confissão sistemática das alianças e promessas de Deus tem pelo menos
dois efeitos tremendos:1) enchem os céus sobre as nossas cabeças com as
sementes de vitória, tirando nossos olhos das circunstâncias e do
inimigo, voltando-os para o Senhor, e 2) são decretos proféticos contra
as crises, porque se tornam palavras de ordem contra a voz do inimigo,
neutralizando o caos que toda crise quer instalar.
3. Josafá se colocou na
posição certa, por isso ouviu o consolo e as estratégias do Senhor
(v.14-17).
Como é bom saber que o Senhor cuida de nós e toma para si as nossas
batalhas. Estando com o Senhor, as “nossas” batalhas não são nossas, são
dEle. Diz o texto bíblico que eles estavam em jejum, oração,
quebrantamento e confissão, “então, veio o Espírito do Senhor… e disse”.
Deus nunca deixa de nos responder; o problema é que às vezes não estamos
na posição de ouvi-lO.
Precisamos nos treinar na prática do quebrantamento diante do Senhor,
com jejuns, orações e confissões sinceras. Tais coisas nos “limpam”
espiritualmente e nos habilitam quanto a ouvirmos a direção de Deus para
nossas vidas em muitas situações. É preciso tempos de jejum e orações
específicos em família, nas células, nas equipes de discipulado, para
que o Deus de maravilhas seja glorificado no meio das adversidades.
4. Josafá adorou,
obedeceu e provou a vitória (v.18-22).
Não basta saber Quem o Senhor é e nem o que Ele pode fazer. É preciso
agir! Tomar uma atitude de fé, atitude de vencedor no Senhor! Se o
Senhor já falou, só nos resta obedecer, isto é, por em prática Seus
conselhos e assumir uma atitude de louvor e adoração. Obediência assim
mostra que descansamos n'Ele, em plena crise, porque sabemos que a nossa
vitória é certa. Até porque adoração, obediência e fé andam de mãos
dadas e são garantia de vitória para os santos de Deus.
É possível que você esteja passando por alguma crise. Talvez esteja
lutando contra as hostes da maldade, enfrentando batalhas ferrenhas a
favor do casamento, da família, da célula, do discipulado, das finanças,
dos sonhos ministeriais. Primeiro, entenda que o inimigo não tem
poder para decidir seu futuro; esta decisão é sua e você precisa tomar a
decisão de ser vencedor(a). Segundo, creia que nem toda crise é
selo de fracasso, caminho errado ou perda de unção: Josafá estava
fazendo tudo certo e a crise bateu na sua porta. Terceiro, é
claro que o Senhor pode nos livrar das adversidades, mas, em geral,
quando Ele as permite, é porque Ele quer glorificar o Seu nome no meio
delas e nos dar as vitórias mais expressivas de nossas vidas.
Conclusão: Siga os passos de Josafá
descritos anteriormente e saia vitorioso(a). Mais um detalhe: já lhe
ocorreu que talvez o Senhor queira lhe dar mais experiência e
maturidade, preparando você para coisas maiores, mais profundas, para
conquistar territórios mais amplos?
No amor do Senhor das maravilhas.