Texto: Mc 2.18-22 – Textos Complementares: Is 58; II Co 5.17; Rm
12.1-2.
Versículo Para Memorizar: “Ninguém põe vinho novo em odres
velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os
odres ficam estragados. Por isso, vinho novo é posto em odres novos” (Mc
2.22).
Introdução: Hoje falaremos sobre a necessidade de se romper com
as velhas estruturas estabelecidas na mente, para podermos conter o novo
vinho da Pessoa de Cristo em nós.
Um odre era feito de peles de carneiro, flexíveis. Enquanto novo, o odre
tinha a capacidade de se esticar à medida que o vinho novo ia se
expandindo dentro dele. Quando se tornava velho, perdia sua capacidade
elástica, tornando-se rígido demais. Qualquer porção de um novo vinho
ali depositado seria o bastante para provocar a ruptura do recipiente,
já em seu limite máximo de expansão.
O vinho novo representa Jesus, e os odres, nossas estruturas de mente.
Vejamos o que nos ensina a lição de hoje.
1 – Desfrutando da Presença do Noivo
– Esta história começa com uma discussão envolvendo os discípulos dos
fariseus e os de João, que perguntavam sobre a razão dos discípulos de
Jesus não jejuarem. O Mestre, sabiamente, utiliza-se da ilustração do
noivo e de seus convidados, que numa festa de casamento não podiam estar
pensando em jejum. Ele procura mostrar que numa ocasião assim é mais
comum a alegria e a descontração dos convidados, do que a reverência e
introspecção dos que jejuam.
Jesus não condenava a prática do jejum. Apenas queria que as pessoas
percebessem que o Noivo estava presente, e, por isso, seus convidados
festejavam. Ele próprio era o Noivo que alegrava o arraial, embora
muitos não desfrutassem de Sua presença.
Os religiosos permaneciam em seus rituais costumeiros, incluindo a
própria prática do jejum (para alguns, um mero ritual), deixando de
aproveitar alegremente a companhia d'Aquele que se fez carne para
habitar entre nós.
Jesus estava ali, mas muitos O procuravam em outro lugar.
2 – O Jejum que Traz de Volta o Noivo ao
Coração – Jesus disse que enquanto o noivo estivesse
presente, não haveria razão para jejuar. Quando, porém, fosse tirado do
meio deles, então jejuariam. Ele estava dizendo que no momento certo os
discípulos passariam à prática do verdadeiro jejum. Não daquele que não
passava de um mero ritual religioso, mas do que pudesse reavivar a
presença do noivo nos corações.
É assim, que acontece quando jejuamos de forma consciente, desejosos de
uma experiência real com o Senhor. No jejum, abstemo-nos de alimentos ou
de atividades lícitas, para nos devotarmos à prática da oração. Como
resultado, o entendimento espiritual se abre para tornar mais real a
presença de Cristo em nosso interior.
3 – A Diferença entre o Velho e o Novo
– No final da passagem bíblica, Jesus ilustra o que acabamos de
explicar, usando as figuras do remendo de pano novo em vestido velho, e
do vinho novo em odres velhos. Ele ensina que não se pode ter uma
genuína experiência com Deus, por meio do jejum ou outra prática
qualquer, com base nos velhos rituais religiosos.
A nova relação com Deus, só combina com novas disposições de coração,
mente e vontade. Os discípulos dos fariseus e os de João, estavam
perdendo a oportunidade de desfrutar do Vinho novo, porque seus odres
estavam envelhecidos pela tradição e pelos costumes, que só os
condicionavam a uma velha maneira de viver. Eles tinham dificuldades de
romper com esse estilo de vida para receberem o vinho novo de Jesus.
Conclusão: As velhas tradições religiosas estavam impedindo que
algumas pessoas pudessem ter uma nova experiência com Jesus. Havia
urgente necessidade de se romper com os velhos padrões de conduta para
abraçar uma nova vida em Cristo, aqui representada pelo vinho novo.
Aplicação: Relacione algumas práticas religiosas que têm feito
parte dos seus costumes, que não lhe trazem plena satisfação. Peça ajuda
a alguém mais experiente sobre como você pode substituí-las por um
relacionamento mais profundo com Cristo.