Nos últimos 25 anos, o
crescimento em número dos
evangélicos coincidiu com
uma maior conscientização
das possibilidades da
liberdade, do poder dos
grupos e da democracia.
Assim, de comportado e
submisso curral eleitoral
até final dos anos 70, os
rebanhos evangélicos
evoluíram para disputadas
hostes de votos que poderiam
ser capitaneados através de
alianças dos caciques
políticos com os pastores
evangélicos.
Essa descoberta do crescente
poder de voto dos
evangélicos gerou algumas
palavras de ordem nos
arraiais evangélicos: "Irmão
vota em irmão"; "O Brasil é
do Senhor Jesus"; "Vamos
ganhar nossas cidades para
Cristo"; "Comunistas comem
criancinhas"; "Vamos eleger
o primeiro presidente
evangélico do Brasil" (o
Gal, Geisel, luterano, não
eleito, era evangélico?);
"Não troque seu voto por
tijolo para a sua igreja";
"Vamos invadir o arraial do
inimigo". Toda sorte de
argumentação dita bíblica se
espalhou para alicerçar
posições a favor ou contra
candidatos, partidos,
ideologias.
Na história recente do
Brasil, pastores evangélicos
alcançaram as mídias de
massa com discursos tanto
revolucionários como
extremamente conformistas,
reacionários. Alguns
pentecostais foram tachados
de direitistas e outros de
alienados; pastores de
igrejas históricas e de
teologias mais liberais
foram associados a
movimentos gays, esotéricos
ou espiritualistas; igrejas
envolvidas com movimentos
sociais foram identificadas
como o "perigo vermelho".
A
conversão do diabo
A babel se instaurou nas
planícies evangélicas:
muitos inocentes úteis foram
cooptados pela mídia secular
para fazer discursos ora de
ataque a evangélicos de uma
facção, ora a defender
pontos de vistas claramente
profanos. Por outro lado,
houve visível escalada da
ambição de poder temporal
por parte de muitos líderes,
denominações, indivíduos e
instituições evangélicas. Se
a política se cristianizou,
o fez às custas da
profanação do poder
eclesiástico.
Ao longo das últimas
campanhas presidenciais, por
exemplo, o sempre candidato
Lula foi chamado de "diabo"
por alguns líderes
evangélicos. Hoje, a aliança
do PT com o PL (partido onde
atua preponderantemente a
Igreja Universal) nos faz
pensar: mentiram os
pastores, no passado, ou o
"diabo" se converteu?
A antes eterna polêmica -
"Pode um pastor concorrer a
um cargo público?" - foi
amenizada por outras
questões: que aliança
"devemos" fazer?
(implicitamente, este
"devemos" significa "nós",
igreja, denominação ou grupo
evangélico de interesse);
como ter certeza de que
vamos eleger uma pessoa
"comprometida com os
princípios cristãos, custe o
que custar"? Como de costume
no meio evangélico, todos
recorrem à Bíblia.
A
Bíblia e a política
Usada como fonte da verdade
para as diversas áreas do
conhecimento humano, a
Bíblia se presta a defender
pontos de vista até mesmo
antagônicos. Assim é que,
sendo aplicada como base de
doutrinas, teologias,
ideologias ou interesses, os
homens dela extraem os
fundamentos de suas
"particulares
interpretações".
Como resultado dessa
miscigenação de texto
sagrado com casualidades
humanas, descobre-se uma
vasta literatura defendendo
os mais diversos pontos de
vista. De fato, há
suficientes porções da
Bíblia que nos permitem
verificar que o povo de Deus
viveu e participou dos fatos
políticos - ativa ou
passivamente - nos diversos
períodos da história. Há um
desfile imenso de
personagens que ocuparam
posições e exerceram poder
político, quer tenha sido em
relação ao povo de Deus como
sobre nações pagãs: José,
Moisés, Davi, Daniel e
outros mais.
Se há evidências bíblicas e
históricas no cristianismo
tanto dos benefícios e como
dos riscos da participação
política, o que fazer,
então? Dentre muitos textos
bíblicos que possam nos
fornecer alguns princípios
para analisar este tema,
recorro ao apólogo de Jotão,
em Juizes, capítulo 9. Nele
encontramos algumas luzes
que podem iluminar o caminho
das nossas decisões
políticas.
Jotão, o sobrevivente
Gideão, juiz de Israel
durante 50 anos, é
mencionado em Hebreus 11.32
como um dos notáveis homens
de fé no período do Velho
Testamento. Não obstante tal
reconhecimento, ele é citado
também como exemplo de líder
do povo de Deus que cedeu às
pressões da idolatria. Ele
manchou o final de sua vida
com uma escolha que veio a
"ser um laço... e à sua
casa"(Juizes 8.27). Embora
Gideão tenha resistido à
tentação de aceitar a
criação de uma dinastia real
(8.22-23), a tal estola
sacerdotal que fez para si
representava a tentativa de
usurpação de um poder maior
ainda: o de ser o
intermediário divino, o
sacerdote.
O laço de Gideão logo se
manifesta por meio de
Abimeleque, um dos filhos de
Gideão. Logo após a morte de
seu pai, Abimeleque
assassina sessenta e nove
dos seus setenta irmãos -
sobrevivendo apenas Jotão,
que se escondera. A ânsia de
poder provocou essa
dissidência e Abimeleque
proclama a cidade de Siquém
- de onde sua mãe era
originária - como um estado
independente, chegando a
dominar sobre todo o Israel
durante três anos.
Jotão, compreendendo que a
idolatria de seu pai agora
se manifestava na rebeldia
de Abimeleque, proclama a
verdade aos moradores de
Siquém: eles deveriam
refletir sobre a escolha que
estavam prestes a fazer,
seguindo a Abimeleque.
A
voz do profeta
O discurso de Jotão começa
com uma advertência:
"Ouvi-me... e Deus vos
ouvirá" (9.7). Os homens de
Siquém estava prontos a
seguir um de seus filhos
notáveis - Abimeleque - mas
não compreendiam o caráter
profético da condenação que
pairava sobre ele. Jotão
tentava adverti-los a não
seguirem Abimeleque, que
caíra no laço de desejar
inaugurar uma dinastia real
para Israel.
Gideão havia recomendado a
todo Israel: "Não dominarei
sobre vós, nem tão pouco meu
filho dominará sobre vós; o
Senhor vos dominará" (8.23).
Mas as suas palavras foram
abafadas pelo seu gesto
seguinte, assumindo um poder
sacerdotal do qual não fora
investido. Quando Abimeleque
mata os seus irmãos e
oferece-se como "dominador",
o gesto de Abimeleque
falando mais alto: a sede de
poder!
Depreendemos desse primeiro
ponto do apólogo de Jotão
que toda dominação sobre o
povo de Deus não pode ser
derivada de palavra humana.
Antes, qualquer decisão
precisa resultar de uma
convocação profética para a
igreja, destinada a ser sal
e luz do mundo. Não devem os
cristãos, individual ou
coletivamente, ceder a
argumentos, mas reconhecer a
sua vocação profética em
cada momento e lugar que
vivam. A igreja que anuncia
é a mesma que denuncia. O
evangelho é perfume de vida,
mas também perfume de morte.
E Jotão começa a descrever
tal forma de compromisso.
A
oliveira
Os homens de Siquém
compreendiam o significado
dos elementos da paisagem
rural da época - motivo pelo
qual Jotão apelou para uma
comparação singela, que
todos pudessem compreender:
os homens de Israel seriam
as árvores e a oliveira
seria uma primeira escolha
de um tipo de rei, de
governante. As árvores
teriam dito à oliveira:
"Reina sobre nós!". Mas,
esta se esquivara, dizendo:
"Deixaria eu o meu óleo, que
Deus e o homem em mim
prezam, e iria pairar sobre
as árvores?" (9.9).
A oliveira é a árvore da
qual se extraía, por meio da
prensagem do seu fruto, o
azeite. Ela tipificava a
fonte da unção do povo de
Deus. Era da oliveira que
vinha o caráter sagrado dos
ritos e da religião, pois
ela fornecia o óleo através
do qual coisas, pessoas e
animais eram consagrados.
A recusa da oliveira é a
representação de uma posição
típica do povo de Deus em
todas as épocas: "Nós, os
pastores, o povo de Deus, a
Igreja, não devemos nos
envolver nestas questões de
política, de escolher quem
vai nos governar. Não
devemos comprometer a nossa
unção". A recusa da oliveira
é o posicionamento do
cristão diante da política
quando diz: "Isto nada tem
que ver comigo, não me afeta
- ou até mesmo pode me
contaminar. Deus tem prazer
na minha unção - e a minha
pureza é também apreciada
pelos homens". Certamente, o
argumento é justo, mas
desconhece um perigo que
será explicado mais adiante
por Jotão.
A
figueira
A próxima alternativa para
os homens de Siquém seria a
figueira.
Uma curiosidade sobre a
figueira nos permite
entender porque tal árvore
foi utilizada por Jesus como
exemplo do que o pecado
provocava em Israel: ela
produz o seu fruto antes das
folhas, ao contrário das
demais árvores. Ela
simbolizava, assim, a
necessidade de uma
espiritualidade verdadeira
(os frutos), antes de uma
religiosidade aparente (as
folhas).
Esta era a próxima escolha
que Jotão oferecia: "Se
vocês rejeitam a Deus
(desejando escolher um rei),
e aos seus ungidos (a
oliveira), pelo menos
aceitem homens espirituais
(figueiras com frutos). Mas,
tal figueira não se
apresentou disponível, se
justificando: "Deixaria eu a
minha doçura, o meu bom
fruto, e iria pairar sobre
as árvores?" (9.11).
A recusa da figueira é,
também, um sinal justo de
precaução diante de outra
verdade historicamente
comprovada: muitos cristãos,
envolvendo-se na política,
perdem a sua "doçura"
(espiritualidade), o seu
fruto é arrancado da sua
vida. Mas, é suficiente este
argumento para então recusar
uma chamada ao desafio de
participar do ato de "pairar
sobre as árvores" (governar,
em algum sentido)?
Igualmente, Jotão irá
concluir que, não obstante a
verdade do argumento da
figueira em não se envolver,
a sua recusa implicava em um
perigo maior ainda.
A
videira
A terceira
alternativa oferecida por
Jotão foi a videira - uma
parreira de uvas.
Há mais de uma dezena de
palavras em hebraico e grego
para designar o que
entendemos biblicamente como
videira. Este fato realça um
dos símbolos da videira, em
termos bíblicos:
prosperidade sobre toda a
nação. Isto é, o vinho -
resultado de prensar o fruto
da videira - é o elemento
presente nas festas, o
símbolo da alegria. A
diversidade dos frutos
expressa nas muitas
expressões da língua para
representar a videira -
típico de cada região e
clima - alude ao fato de que
as videiras se espalharam
sobre todo o Israel. Era,
assim, a prosperidade, a
alegria, a paz, a força de
Israel. A videira simboliza,
deste modo, a bênção de Deus
repartida sobre o Seu povo,
o cumprimento das Suas
promessas sobre a nação
obediente. É a vitória dos
valores divinos sobre os
valores humanos.
Quando Jotão conta aos
homens de Siquém que as
árvores se contentariam
apenas com a videira ("bons
cristãos") para "pairar
sobre as árvores", também
lhes fala da recusa da
videira: "Deixaria eu o meu
vinho (os meus valores, as
minhas bênçãos, a minha
prosperidade)...?".
A recusa da videira
representa o argumento de
que as bênçãos de Deus e a
prosperidade dos cristãos
não devem ser desperdiçadas
em "negócios deste mundo".
Aparentemente, esta
prudência se justificaria,
mas ela desconhece o perigo
que, finalmente Jotão
proclama aos moradores de
Siquém.
O
governo do espinheiro
Somente ao sermos
apresentados à opção do
governo do espinheiro é que
compreendemos que as três
primeiras alternativas
compunham três diferentes
grupos de preferências, mais
do que uma hierarquia de
escolhas. Isto é, algumas
árvores procuraram a
oliveira; outras, a
figueira; e outras mais, a
videira. A ordem não
especificaria uma distinção
hierárquica entre unção,
espiritualidade e valores.
Ao contrário, as
alternativas apresentadas
por Jotão procuram relevar a
necessidade da presença e
preservação desses valores
em todas as escolhas do
cristão.
Mas, no caso do espinheiro,
a escolha foi unânime:
"...todas as árvores
disseram ao espinheiro: Vem
tu, e reina sobre nós". A
linguagem não é mais uma
amenidade - "pairar sobre
nós", como que a demonstrar
um certo nível de igualdade
e tolerância entre as
árvores. Não é um grupo
aceitando um domínio
consentido da oliveira, da
figueira ou da videira sobre
todas elas. Mais do que um
consenso, o convite ao
espinheiro é uma permissão
expressa: "Vem tu
[espinheiro], e reina sobre
nós". Não há engano nessa
escolha, pois a unanimidade
dos participantes e a
concordância de propósito
atestam o caráter de uma
decisão fruto de uma vontade
coletiva. Jotão assim
descreve como tal escolha
parecia ter sido feita pelos
habitantes de Siquém: "de
verdade e com sinceridade"
(9.16).
Diferentemente das árvores
anteriormente convidadas,
que centralizaram nas suas
qualidades um argumento de
recusa, o espinheiro realça
a natureza do relacionamento
que estaria por se tornar
realidade. A oliveira não
quis comprometer a sua
unção. A figueira
declarou-se zelosa de não
arriscar a sua
espiritualidade. Enfim, a
videira não arriscou
desperdiçar os seus valores.
Mas o espinheiro, este foi
ao ponto principal e disse:
"Se vocês estão me
escolhendo, saibam que eu
vou assumir domínio sobre
vocês!". Mesmo diante desta
advertência, Abimeleque foi
proclamado rei.
Escolhas e não-escolhas
Uma análise simples, baseada
no apólogo de Jotão, nos
permite reconhecer que há
sempre duas grandes escolhas
presentes na vida dos
homens: o governo de Deus
(que Gideão defendera em
palavras, mas recusara com
seu gesto de auto-unção) ou
o governo dos homens (o
domínio dos espinheiros). A
alternativa de escolhermos
entre a oliveira, a figueira
ou a videira não é uma
oposição ao governo do
espinheiro. Antes, são o
compromisso do cristão
diante de qualquer tipo de
"árvore que paire" sobre a
sociedade. A unção, a
espiritualidade e os valores
do cristão são realidades
que devem resistir até mesmo
ao fogo do espinheiro.
O espinheiro é sempre a
alternativa do poder
temporal, secular - quer
seja político, social,
econômico ou das armas. O
espinheiro sempre "cospe
fogo" (9.15) para exercer
seu domínio, e punir os que
lhe resistem. Todo sistema
humano de representação de
poder é babilônico,
demoníaco - por definição da
natureza dos poderes deste
mundo. Entretanto, a
presença do cristão o torna
"sal e luz" neste mundo. O
cristão planta o poder de
Deus, através das oliveiras,
figueiras e videiras "no
arraial do inimigo" - sempre
expostas ao fogo do
espinheiro.
As nossas escolhas não
mudarão a natureza do
governo do espinheiro - com
o qual as alianças são
impossíveis de se fazer. A
cristianização de uma nação
(uma espécie de
evangelização sem Cristo,
pelo domínio dos meios
políticos) não produz a
justiça de Deus. Entretanto,
a não-escolha significa que
estamos escolhendo o
espinheiro, por omissão. Se
a nossa unção,
espiritualidade e valores
não podem ser a expressão
viva do poder de Deus -
inclusive nas escolhas
políticas - então seremos
consumidos pelo fogo do
espinheiro...!
Envolvimento ou
não-envolvimento
Não é o escopo
dessa singela reflexão
esgotar as possibilidades
teóricas sobre os pontos a
favor ou contra o
envolvimento do cristão na
política - ou da Igreja nos
poderes temporais. A
realidade supera a vitória
de qualquer discurso que
vença a questão: o mundo
sempre cobra o testemunho
dos cristãos através das
suas escolhas. Durante o
holocausto nazista, o
silêncio dos cristãos locais
se fez rompido quando o
pastor Bonhoeffer foi
martirizado em um campo de
concentração, às vésperas da
capitulação do III Reich.
Somente cinqüenta anos
depois houve um meia culpa -
que, mesmo assim dividiu os
cristãos - quando muitas
igrejas e líderes pediram
perdão, publicamente, pelos
seus atos de omissão
enquanto Hitler "cuspia
fogo" pelo espinheiro do
nazismo.
A sociedade consumista,
permissiva e egoísta que nos
envolve já invadiu o arraial
do povo de Deus. De tempos
em tempos, vemos que a unção
de líderes é comprometida
pelas alianças indevidas;
que a espiritualidade dos
cristãos não é suficiente
para evitar a corrupção de
pastores, empresários,
políticos e outros que se
dizem cristãos. Os valores
da vida cristã parecem não
resistir à sedução de
aceitarmos um confortável
lugar de reconhecimento na
sociedade. Honestidade,
pureza sexual, fidelidade ao
cônjuge, piedade em relação
aos pobres e desafortunados,
uso das nossas riquezas em
prol da evangelização, amor
à vida destruída pelo
aborto, compartilhar bênçãos
e valores - tudo isto tem
deixado de ser o alvo das
nossas escolhas. A
conformação ao mundo remove
a perseguição e a acusação
de sermos legalistas,
moralistas, radicais.
Mais poder, mais riqueza,
mais fama tem substituído a
prioridade de unção,
espiritualidade e valores.
Como consequência, o
envolvimento na política
pode correr o risco de ser,
não uma empreitada de
"iluminar" ou "salinizar" o
mundo, mas uma verdadeira
contaminação do povo de Deus
e da Igreja. Mas não precisa
ser assim.
Se um cristão, um líder ou
denominação advoga um
não-envolvimento, que
avaliem até que ponto tal
ato será uma omissão que
acaba contribuindo para
consolidar o poder do
espinheiro. Por outro lado,
se um cristão, um líder ou
uma denominação defendem e
participam politicamente,
seu maior desafios são
permanecerem fiéis ao
chamado profético de
influenciar, em lugar de
serem influenciado. De serem
luz, em lugar de trevas. De
fornecerem saber, em vez de
serem pisados pelos homens.
Testemunho e martírio
Para ambos - tanto para o
que se envolve, quanto para
o que não se envolve - a
questão maior sempre será
evitar o laço de rejeitar o
governo pessoal de Deus
sobre as suas próprias
vidas. Os governos humanos e
os poderes invisíveis são
sempre passageiros - por
mais que exerçam seus
domínios por algum tempo.
Em tempos de aparente paz, a
nossa luz é denominada
"testemunho". Em tempos de
perseguição, a palavra é
"martírio". Ambas têm o
mesmo sentido original, no
Novo Testamento. João, o
batista, pagou com o preço
da sua vida, quando sua
pregação denunciou as trevas
que haviam se abatido sobre
o trono de Israel. Seu
anúncio do Messias era, ao
mesmo tempo, denúncia da
impiedade e da
pecaminosidade do rei
Herodes, o tetrarca. O
testemunho de João foi o seu
martírio, para obedecer a
Deus, resistiu ao poder do
rei.
Todas as autoridades estão
debaixo do governo de Deus.
Por este motivo, aumenta a
nossa responsabilidade das
"oliveiras", "figueiras" e
"videiras" no processo de
escolha na sociedade. Nossa
omissão pode ceder lugar ao
espinheiro. Mas, em cada
geração, a principal escolha
é sempre escolher o que não
nos afaste de Deus. Eis o
grande desafio. |