O
contexto social
Os grupos urbanos
diferenciam-se pelas formas
próprias de expressão, ou
seja, por suas ideologias
político-sociais, pelas
músicas, vestimentas,
linguagens, inclinações
religiosas ou
anti-religiosas. Para
atendermos melhor o processo
de evangelização dos grupos
urbanos, se faz necessário
entender conceitos como
contra cultura e cultura de
massa, como influenciaram e
modificaram o estilo de vida
das pessoas nas últimas
décadas. Para entender o
homem é necessário
compreender a sua história.
O homem é a conseqüência da
evolução de fatos e
sugestões que formaram seus
pensamentos, costumes e
culturas. Hoje encontramos
nas grandes cidades diversos
grupos étnico-linguísticos,
alguns denominados "tribos
urbanas", "alternativos",
"movimento Underground" e é
neste meio que encontramos
pessoas feridas,
amarguradas, presas a
vícios, com seus sonhos
roubados, identidades
trocadas e na maioria das
vezes vivendo neste contexto
à maioria às vezes
inconscientes.
Percebemos que o cenário
underground tem crescido
cada vez mais...
A
responsabilidade social da
Igreja
“Vendo Pilatos que nada
conseguia, antes, pelo
contrário, aumentava o
tumulto, mandando vir água,
lavou as mãos perante o
povo, dizendo: Estou
inocente do sangue deste
justo; fique o caso
convosco” Mt 27.24
O que cristãos têm a ver com
os problemas dos centros
urbanos? Por que devem os
cristãos se envolver com o
social?
No final das contas, existem
duas atitudes que eles podem
adotar com relação ao mundo.
Uma é a fuga, outra é
o engajamento.
“Fugir”
significa voltar as costas
ao mundo em rejeição, lavar
as mãos das coisas do mundo,
mesmo sabendo, como Pilatos
, que nem assim desaparece a
responsabilidade, e
endurecer o coração aos
agonizantes gritos de
socorro.
“Engajar-se”,
por outro lado, significa
voltar o rosto para o mundo
em compaixão, sujar as mãos,
sofrer e gastar-se a serviço
deste e sentir no fundo do
ser o comovente e incontido
amor de Deus.
Viver dentro da igreja em
comunhão uns com os outros é
mais conveniente do que
servir em um ambiente
externo apático ou mesmo
hostil.
Ao invés de tentarmos fugir
à nossa responsabilidade
social precisamos abrir os
ouvidos e escutar a voz
daquele que conclama seu
povo em todo tempo a sair.
Missão é a nossa resposta
humana à divina comissão.
É todo um estilo de vida
cristão, que tanto inclui
evangelismo quanto
responsabilidade social, sob
a convicção de que Cristo
nos envia ao mundo assim
como o Pai a ele o enviou.
Por que devem os cristãos se
envolver com a
responsabilidade social?
1º.
O Senhor é Deus tanto da
justiça quanto da
justificação
“que faz justiça aos
oprimidos; que dá pão aos
famintos. O SENHOR solta os
encarcerados; o SENHOR abre
os olhos aos cegos; o SENHOR
levanta os abatidos; o
SENHOR ama os justos; o
SENHOR guarda os
estrangeiros; ampara o órfão
e a viúva, mas transtorna o
caminho dos ímpios”. Sl
146.79
2º.
O Senhor nos envia como o
Pai O enviou – Jo
20.21
“Como Deus ungiu a Jesus de
Nazaré com o Espírito Santo
e com poder, o qual andou
por toda parte, fazendo o
bem e curando a todos os
oprimidos do diabo, porque
Deus era com ele” At 10.38
Se a missão cristã é para
ser modelada pela missão de
Cristo, ela certamente
implicará — assim como Ele o
fez — penetrarmos no mundo
das pessoas. Isto significa
entrar no mundo dos seus
pensamentos, da sua tragédia
e solidão, a fim de
compartilhar Cristo com eles
lá onde eles estão.
Significa disposição para
renunciar a conforto e à
segurança de nossa própria
formação cultural, a fim de
nos doarmos em serviço a
indivíduos de outra cultura,
de cujas necessidades quem
saber jamais tenhamos
conhecimento ou experiência.
3º.
Não se deve separar fé de
amor
Ao caminharmos pelas
Escrituras, podemos ver em
todos os apóstolos a mesma
ênfase na necessidade de
obras de amor.
Tg 2.17,18 - fé sem obras é
morta.
1 Jo 3.17 – aquele que tem
recursos, deve repartir com
quem não tem.
Tt 2.14 – somos um povo
zeloso de boas
Ef 2.10 – Fomos criados para
boas obras
Gl 5.6 – a única coisa que
tem valor é a fé que atua
pelo amor
Portanto, temos a
surpreendente seqüência de
fé, amor e serviço; a
verdadeira fé se expressa
pelo amor, o verdadeiro amor
se revela através do
serviço.
Fé salvadora e amor salvador
caminham lado a lado; onde
quer que um deles falte
faltará também o outro.
Nenhum deles pode subsistir
sozinho.
Que faremos diante dos
desafios das nossas
metrópoles? Lavaremos nossas
mãos como Pilatos, tentando
nos isentar da
responsabilidade frente a um
mundo não apenas sem
salvação, mas sem pão, sem
roupas, sem casa, sem
esperança?
Busquemos o equilíbrio
bíblico em nossas igrejas –
ofereçamos ao mundo perdido
o Pão vivo que desceu do céu
– JESUS, sem, no
entanto nos esquivarmos da
ordem de Jesus a multidão
faminta – “dai-lhes vos
mesmos de comer” (Lc 9). |