“Dos gaditas se passaram
para Davi, ao lugar forte no
deserto, homens valentes
adestrados para a guerra,
que sabiam manejar escudo e
lança; seus rostos eram como
rostos de leões, e eles eram
tão ligeiros como corças
sobre os montes. Ezer era o
chefe, Obadias o segundo,
Eliabe o terceiro, Mismana o
quarto, Jeremias o quinto,
Atai o sexto, Eliel o
sétimo, Joanã o oitavo,
Elzabade o nono, Jeremias o
décimo, Macbanai o undécimo.
Estes, dos filhos de Gade,
foram os chefes do exército;
o menor valia por cem, e o
maior por mil” (I Cr
12:8-14).
Introdução: Gade
nasce debaixo do discurso da
maldição que visita até
cinco gerações – a
idolatria.
1ª
Maldição
Gade foi o sétimo
filho de Jacó. “Zilpa, serva
de Lia, deu a Jacó um filho.
Disse Lia: Afortunada! E lhe
chamou Gade” ( Gênesis 30:
10-11). A princípio, pela
idolatria de Zilpa, o filho
da serva de Lia recebia um
nome em louvor a deusa
cananita para a prosperidade
(“a deusa da fortuna” - Is.
65:11) . Gades, assim, quer
dizer: boa fortuna (bem
afortunado), e gadita quer
dizer próspero aquele que
tem o dom da fortuna. Esse
filho de número 7 de Jacó,
teve também 7 filhos (Gn.46:16),
que governaram 7 clãs.
2ª
Maldição
Jacó ainda pronunciou outra
maldição, de que ele seria
perseguido por tropas de
guerrilheiros, mas também
disse, que por fim ele os
perseguiria (Gn.49:19).
O
1°Antídoto profético
Essa maldição foi cancelada
na bênção de Moisés: “E de
Gade disse: Bendito aquele
que faz dilatar a Gade;
habita como a leoa, e
despedaça o braço e alto da
cabeça. E se proveu da
primeira parte, porquanto
ali estava escondida a
porção do legislador; pelo
que veio com os chefes do
povo, executou a justiça do
Senhor e os seus juízos para
com Israel” (Dt. 33:20-21).
A tribo que descende de Gade
toma posse de um território
e ele é dividido em 7
clãs, pois cada um de
seus filhos se tornou
príncipe de um território (Nm.
26:15-18). Tinha no comando
de sua tribo Eliasafe,
comandante e representante.
Apesar de ter suprido espias
para Canaã, declinou à
herança recebendo juntamente
com Rubem e a meia tribo de
Manasses, o território da
Cisjordânia. Ali,
conquistaram cidades e as
reedificaram (Nm.32:34-38).
3ª
Maldição
Vemos no capítulo 22:1-8 do
livro de Josué, que o
propósito do coração de Gade,
Rubem e Manassés era o de
ajudar aos seus irmãos. Mas,
quando lemos do versículo 9
ao 34, vemos que um
incidente trouxe feridas de
acusações de infidelidade e
divisão entre eles.
Uma atitude mal interpretada
pode trazer o desconforto de
uma divisão, respaldadas por
textos, onde as experiências
bíblicas tornam-se argumento
de acusação.
Apesar de Finéias, filho do
sacerdote ter assegurado que
o Senhor estava com eles,
que o seu altar era um
modelo de fidelidade e não
de divisão, essas tribos
ficariam distante dos
assuntos de Israel e Judá,
tornando-se até mesmo em
território de refúgio nos
dias que Saul perseguia a
Davi (I Sm.13:7).
Nesse tempo, gaditas e
outros se somaram ao
fugitivo Davi e lhe deram
suporte até que ele se
tornasse o primeiro rei e
líder da única dinastia que
governou sobre as 12 tribos
e com 12 príncipes (I Cr.
12:1,8-15, 37,38).
O
2°Antídoto profético
Quando chegamos à altura do
texto do primeiro livro de
Crônicas, percebemos o que a
unção gadita fez com seu
povo e com o fugitivo Davi:
●
Gades se uniu a Davi
quando ele era um fugitivo
na terra, e ficou com ele
até que se tornasse no rei
mais importante e poderoso
de seus dias;
●
Gades deu refúgio a
Davi e aos seus também
perseguidos “candidatos” a
valentes;
●
Gades se uniu a Davi
no deserto, e transformou
com sua fidelidade e
bravura, a caverna da
vergonha e da dívida, na “fortaleza
do deserto” .
●
Os bravos de Gades
estavam dispostos a darem
suas vidas , por amor a Davi
(a água do poço da entrada
de Belém);
●
Os gaditas
tornaram-se administradores
de todos os negócios do rei
e da casa do Senhor: I
Cr.26:32 “Seus irmãos,
homens valentes, dois mil e
setecentos, chefes das
famílias; e o rei Davi os
constituiu sobre os
rubenitas, os gaditas e a
meia tribo dos manassitas,
para todos os negócios de
Deus e para todos os
negócios do rei”. Uma unção
de empresariado
empreendedor, que é um
referencial para os negócios
de Deus e os negócios
temporais.
Vemos que, ainda que Gades
tenha recebido o seu nome
por uma motivação equivocada
de sua mãe, a serva da
esposa não desejada, Deus
converte a vergonha em dupla
honra, a proposta do caos na
realidade profética
redentiva.
●
A unção do Gadita é a
unção para a conquista e
restauração de territórios.
Territórios amaldiçoados
pela idolatria tornar-se-ão
o epicentro de avivamentos!
●
A unção do Gadita vem
com o escudo da fé e a ponta
de lança profética, que fará
conquistar primeiro.
●
A unção do Gadita lhe
dá rosto de leão no momento
da peleja.
●
A unção do Gadita lhe
dá pés de corça no momento
do livramento. Em En-Gedi,
Davi recebeu essa unção
quando era perseguido pelos
exércitos de Saul, e saltou
sobre as pedras e aquele
lugar passou a se chamar
“rocha de livramento” .
●
A unção do Gadita que
maximiza a conquista faz com
que o menor tenha o valor de
100 valentes e o maior valha
por mil. Conquistadores de
centenas e de milhares! “O
menor virá a ser mil, e o
mínimo uma nação forte” (Is
60:22).
●
A unção do Gadita é
uma unção administrativa e
de prosperidade.
●
A unção do Gadita
adestra e equipa um
verdadeiro exército de
valentes.
Conclusão:
Oficialmente não consegui
provar uma ligação entre o
povo de Gadara e os Gaditas,
a não ser que este fora um
território ocupado pela
tribo de Gades (Josué
13:24-28). Era agora, uma
das cidades da grande
Decápolis a 10km a sudeste
do mar da Galiléia.
Bem, desse pequeno distrito
surgiria uma figura pouco
observada no que diz
respeito, a maldição que é
convertida em bênção.
Conhecido como “ O
endemoniado de Gadara ”, ou
ainda “endemoniados
gadarenos” como afirma
Mateus 8:28 . Dando a
entender que era um mal
coletivo e não particular.
Jesus liberta aquele homem
de cadeias e algemas que os
demônios nunca o permitiram
se ver livre. E depois,
resiste ao seu apelo para
que o seguisse e manda que
ele volte a sua casa e
parentela, e lhes
ministrasse a experiência
que havia recebido (Mt.8:28;
Mc.5:1; Lc.8:26).
Vejo aqui a Unção do
Gadita sendo liberada por
Jesus
Assim como Davi foi um
instrumento para que os
Gaditas finalmente tomassem
parte da herança em Canaã e
de seu reino, Jesus quer que
você e eu sejamos hoje
livres de toda cadeia e
algema de maldição. Ele nos
diz: Vocês são prósperos!
Não porque Mamom diz, mas
porque eu disse!
E mais do que isso, quer que
nossa casa passe por toda
essa experiência!
Hoje, Deus precipitará no
abismo do mar, toda
imundícia (porcos em Israel
eram sinal de maldição) que
nos separa de nossa herança.
A unção do gadita será
liberada sobre você,
convertendo toda fortaleza
de dívida e perseguição, em
uma fortaleza
intransponível.
Com os gaditas, Davi
conquistaria a fortaleza dos
Jebuseus, edificaria um
altar na antiga eira de
Araúna, e selaria, assim, a
sua prosperidade (II Sm
24:10-25). Ali, depois de
advertido por um profeta
Gadita, Davi converte a
maldição em bênção, não
permitindo que a avareza lhe
impedisse de pagar um alto
preço, por sua oferta no
altar do Senhor.
A unção do Gadita arrancará
de nosso coração todo
sentimento de
autocomiseração, de
necessidade, todo espírito
de ‘vitimismo' e nos dirá
que somos prósperos. Por
isso, ofereceremos do fruto
da nossa prosperidade e
conquista ao Senhor.
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