Há dois tipos de talit:
o
talit catán
(pequeno), também chamado de
"tsitsit", usado durante o
dia debaixo da camisa; e o
talit gadol
(grande), usado apenas por
homens casados, somente na
Prece Matinal. As franjas do
talit, denominadas tsitsit,
funcionam como lembrete de
todas as mitsvot
(mandamentos) da Torá. Ao
colocar o talit, deve-se ter
em mente que Deus nos
ordenou que nos
envolvêssemos nele a fim de
que possamos nos lembrar de
cumprir todos Seus
mandamentos.
O talit tem duas partes – a
veste em si e o tsitsit, ou
franjas. A veste circunda
nosso corpo, e as franjas
pendem dele. Estas partes
representam dois aspectos de
Deus e de Seu relacionamento
conosco:
1) Não importa quão sagrados
nos sentimos, Deus é
infinitamente mais sagrado.
Ele é o Talit que nos
circunda.
2) Mas não importa o quanto
possamos nos sentir
sagrados, Deus desce até nós
e nos pede para falarmos com
Ele. Ele é o Tsitsit que
desce para segurarmos e o
beijarmos.
Você meu amado nos perguntou
sobre os oito fios do talit
e seu significado de
“portas”, bem não só os
fios, mas todo um conjunto
de detalhes, vou me ater aos
que você perguntou com
pequenos complementos para
seu entendimento.
Os tsitsit pelo seu nome e
maneira com que estão
ligados à roupa, o
equivalente numérico da
palavra tsitsit é 600 (no
judaísmo cada nome tem um
equivalente numérico); some
a isso 8 pelo número de
fios e 5 pelo número dos nós
e terá 613, que faz alusão
aos 613 preceitos (ou
mandamentos) da Torá:
Os cinco nós indicam também,
segunda a tradição judaica,
que temos de nos amarrar aos
cinco Livros de Moisés, ao
passo que os oito fios
sugerem os oito órgãos do
corpo que estimulam o homem
a pecar (os ouvidos, olhos,
boca, nariz, mãos, pés,
genitais e o coração), que
devem ser subjugados e
santificados.
Estes “órgãos” são
entendidos como portas para
entrada de pecados, já que
cada um deles está
relacionado a um tipo de
propensão que pode levar o
homem à queda: sentimentos,
sexualidade, caminhos
errados, tocar onde não
devemos, nos contaminarmos
em ambientes indignos,
liberar palavras de
maldição, desejar o que não
nos pertence e finalmente
ouvir aquilo que não é
santo. |