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NÚCLEO DE APOIO CRISTÃO

 

Educação Cristã

Os desafios do educador para impactar a cultura e a sociedade

 
   

Partindo da proposta para falar sobre os desafios que o educador deve enfrentar para impactar a cultura e a sociedade, desejo compartilhar alguns textos bíblicos e alguns dados da nossa realidade que significam desafios, mas que representam também oportunidades.

Provérbios 24, 11 e 12 lança-nos o primeiro desafio:

“Livra os que estão sendo levados para a morte, salva os que cambaleiam, indo para serem mortos. Se disseres: não o soubemos, não perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará Ele ao homem segundo as suas obras?”.

Mateus 9. 35. 38 nos fala do início do ministério de Jesus:

"Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando, pregando e curando.

Vendo as multidões, compadeceu-se delas porque eram como ovelhas que não tem pastor. E então, se dirigiu aos seus discípulos: A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois ao Senhor da seara, que mande trabalhadores para sua seara".

 

Três aspectos se destacam nesse texto:

Primeiramente o fato de que Jesus toma a iniciativa no cuidado com todos os seres humanos, em todas as cidades e povoados. Talvez pudéssemos dizer que ia à periferia, a todos os bairros e todos os morros e todas as favelas, ensinado, além de pregar e curar.

Em segundo lugar, fica muito claro que Jesus se compadece daqueles que não têm pastor, que não tem referencial, que não sabem para onde vão: que “cambaleiam, indo para serem mortos”.

 Finalmente, o texto deixa claro que o Senhor Jesus reconhece que não é tarefa para poucas pessoas. Ele, o próprio Deus encarnado, chama seus discípulos e diz:  Precisamos de ajuda. Esta não é uma tarefa para ser realizada por poucas pessoas. Orem por ajuda. Orem por pessoas que também se compadeçam destes sem rumo e sem pastor.

O último texto que desejo relacionar com estes anteriores é Isaías 61. Todo o capítulo é fundamental para a compreensão do que entendo como grandes desafios para o educador cristão que deseja causar impacto em sua geração, mas destacaremos alguns versos:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a por em liberdade os algemados; a apregoar o no aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e por sobre os que em Sião estão de luto, uma coroa em vez de cinza, óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor em vez de espírito angustiado, A FIM DE QUE SE CHAMEM CARVALHOS DE JUSTIÇA, PLANTADOS PELO SENHOR, PARA A SUA GLÓRIA".

A partir do verso 4 o Senhor esclarece o que farão estes quebrantados que foram curados, estes cativos que foram libertos, estes enlutados que receberam óleo de alegria e vestes de louvor. Eles, que se tornarão carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor, para Sua glória. Eles, “edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração em geração”.

  O mesmo Espírito está sobre a sua igreja e sobre educadores  e educadoras que desejam fazer as obras que Jesus fez e ainda outras maiores, como Ele mesmo prometeu.

A obra educacional saradora e edificadora não pode negligenciar aqueles que não tem pastor, que não tem família, que não tem sustento e que não tem como pagar uma boa escola. 

O reformadores cristãos do século XVI consideravam impossível evangelizar um povo analfabeto. A preocupação com a educação permeou toda a reforma que resultou em transformação não apenas de uma geração ou de uma nação, mas de toda a história da civilização.

 É necessário que a educação cristã atual não negligencie os objetivos da educação reformada quais sejam, educação universal e sacerdócio universal.

Martinho Lutero disse:

“Deus não quer que os príncipes, soberanos e a nobreza por nascimento governem e sejam donos sozinhos, quer que também seus mendigos participem. Do contrário, vão pensar que somente o nascimento nobre faz senhores e governantes e não Deus somente. No fim serão os filhos de gente humilde que governarão o mundo, pois os ricos e avarentos não podem nem querem fazê-lo”.

                                                                                                                                 E ainda

“Para cada moeda empregada na construção ou defesa da cidade, é necessário que se empreguem outras cem moedas para que sejam gastas na educação, ainda que seja de uma única criança”.

“O pior pecado que se pode cometer é negligenciar a educação de uma criança”.

Se considerarmos que o analfabetismo chega a ser 20 vezes maior entre os mais pobres; que a erradicação do analfabetismo exigiria cerca de 200 mil alfabetizadores, que a educação cristã reformada deveria ter como objetivos fundamentais preparar as crianças para a leitura da Bíblia, adestrá-las para o exercício da cidadania e do governo civil e não descuidar da educação das crianças mais pobres, então não poderemos deixar de ouvir a voz do Senhor e começar a pensar em estratégias para alcançar esta camada da população.

Nenhuma prática educativa poderá transformar efetivamente o Brasil, se forem perpetuados os antigos modelos de exclusão. Como é possível alcançar esta imensa parcela da população? Onde estão os recursos?

O mesmo texto de Isaías 61 nos diz:

"Estranhos se apresentarão e apascentarão os vossos rebanhos, estrangeiros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros

Mas, vós, vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros do vosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos gloriareis".

Existem hoje, em países como Inglaterra, Escócia, Alemanha e Estados Unidos, milhões e milhões de dólares disponíveis para projetos educacionais nos chamados países do terceiro mundo. Inúmeras ONGS estão sendo criadas e estão atraindo estes recursos para ensinarem as culturas afro e outros projetos considerados sócio-educativos. E a educação cristã, o que tem feito em relação ao povo marginalizado? Deus já tem enviado estranhos e estrangeiros para ajudar àqueles que se dispuserem ao sacerdócio da educação.

É necessário ter a visão, tomar a iniciativa, compadecer-se e buscar ajuda. Esta virá, em nome de Jesus e para Sua glória.

E assim, como diz ainda Isaías 61, o Brasil, “em lugar de vergonha, terá dupla honra, em lugar de afronta, exultará na sua herança. A sua posteridade será conhecida entre as nações, os seus descendentes, no meio dos povos, serão conhecidos como família bendita do Senhor”.

Amém.

Inez Augusto Borges – Psicóloga e Mestre em Educação Cristã

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