Texto: “Por que vês tu o
argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no
teu próprio?” (Mt 7.3).
Introdução: Estar de pé na presença
do Senhor é o sonho de todo verdadeiro cristão, porém muitos caem e isto
acontece por falta de observância ao que o Ap. Paulo nos instruiu em 1º
Co 10.12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”.
1. Causas da queda:
a. Quem quer ser amigo do mundo cai da fé.
O que não valorizamos perdemos.
“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de
Deus” (Tg 4.4).
b. Quem não testifica do Senhor acaba negando-o.
Quando testemunhamos do Senhor, somos por ele fortalecidos.
“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me
negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está
nos céus” (Mt 10.32,33).
“E, quando acenderam fogo no meio do pátio e juntos se assentaram, Pedro
tomou lugar entre eles. Entrementes, uma criada, vendo-o assentado perto
do fogo, fitando-o, disse: Este também estava com ele. Mas Pedro negava,
dizendo: Mulher, não o conheço. Pouco depois, vendo-o outro, disse:
Também tu és dos tais. Pedro, porém, protestava: Homem, não sou. E,
tendo passado cerca de uma hora, outro afirmava, dizendo: Também este,
verdadeiramente, estava com ele, porque também é galileu. Mas Pedro
insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo, estando ele ainda a
falar, cantou o galo. Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em
Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje,
três vezes me negarás, antes de cantar o galo. Então, Pedro, saindo
dali, chorou amargamente” (Lc 22.55-62).
c. Quem não perdoa perde a comunhão com o Pai.
Quem não perdoa, não é perdoado e afastado da presença do Pai.
“E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.
26[Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará
as vossas ofensas.]” (Mc 11.25,26).
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar;
nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2Mas as vossas iniquidades
fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o
seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.1,2).
d. Negligenciar a comunhão com os irmãos leva ao naufrágio.
Somos fortalecidos na comunhão com os irmãos.
“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e
às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;
antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se
aproxima” (Hb 10.24,25).
e. Procurar defeitos nos outros leva ao um mau final.
A soberba e os reinos pessoais precedem a queda. Desonra gera desonra.
“Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na
trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar
o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira
primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o
argueiro do olho de teu irmão” (Mt 7.3-5).
f. Amar ao mundo reconduz ao mundo.
O que valorizamos cresce. Valorizar o mundo amando-o levará ao mundo.
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida,
não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a
sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece
eternamente” (1 Jo 2.15-17).
2. Como acontece a restauração?
a. Conversão e arrependimento.
Arrepender e mudar o rumo das coisas.
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e
arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não
conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti” (Ap 3.3).
b. Voltar ao primeiro amor.
Retirar a cinza de ontem e colocar lenha nova e o fogo arderá novamente
no coração e gerará novas atitudes.
“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te,
pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras
obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro,
caso não te arrependas” (Ap 2.4,5).
Conclusão: O nosso Deus é
misericordioso e sempre nos proverá mais uma chance se realmente houver
arrependimento.
Volte hoje, pois como o Pai do Filho Pródigo, Ele está a sua espera de
braços abertos.