Texto Chave: Atos 26.1-19
Atos 26.19 - "Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão
celestial"
Introdução: Saulo de Tarso, ferrenho defensor da Lei de Moisés e
inimigo do Evangelho, odiava Jesus e consentira na morte de Estêvão.
Agora ia a Damasco para prender e levar ao Sinédrio os crentes que
fugiram da sua perseguição. No meio do caminho, ele teve uma visão
celestial da glória e do poder de Jesus, a quem perseguia. Esta visão
mudou sua vida, e Saulo tornou-se uma bênção para o mundo.
1 - O rosto de Estêvão
a - Uma visão marcante - "Então,
todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele,
viram o seu rosto como o rosto de um anjo" (At 6.15).
Na ocasião em que Estêvão era acusado perante o Sinédrio, todos,
inclusive Saulo, viram o rosto do intrépido diácono como o de um anjo.
Esta visão marcou profundamente a consciência de Saulo.
Paulo jamais a esqueceu - "E, quando o sangue de Estêvão, tua
testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua
morte, e guardava as vestes dos que o matavam" (At 22.20).
b - Uma visão transformadora - "Pelo
que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial" (v.19).
A visão celestial transformou Saulo: Tornou-se o maior missionário
cristão que o mundo conheceu. Que bênção se todos os crentes tivessem
tal visão! a obra missionária alcançaria os confins da terra.
c - Uma visão dinâmica - "Então,
disse eu: Senhor, que farei? E o Senhor disse-me: Levanta-te e vai a
Damasco, e ali se te dirá tudo o que te é ordenado fazer" (At 22.10).
Que farei Senhor? "Levanta-te e vai...". Quando o crente tem a visão
celestial, não fica parado! Levanta-se do comodismo e vai ao campo
missionário. Muitos crentes podem ser comparados a mortos: Nada fazem.
Na obra de Deus. Temos muito para fazer. A visão celestial nos inspira a
trabalhar!
2 - A urgência em cumprir a Visão Celestial
a - Remindo o tempo.
Saulo gastara muito tempo perseguindo o Evangelho e os crentes. Agora
não podia demorar em cumprir o IDE, a visão celestial exigia urgência!
muitos crentes, antes, gastaram mais no fumo, nas bebidas e orgias, do
que agora na obra de Cristo.
b - Sofrendo com alegria.
A visão celestial levou Paulo a sofrer com alegria:
"E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" (At 9.16).
"São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em
trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito
mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco
quarentenas de açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma
vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia
passei no abismo; em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em
perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos
gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar,
em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias,
muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez"
(2 Co 11-27).
Em Damasco teve de fugir dentro de uma cesta (At 11.32,33). Em Listra
foi apedrejado e arrastado como morto para fora da cidade. Em Filipos
foi açoitado e metido na prisão (At 14.19; 16.22-24). Nada impedia Paulo
de pregar o Evangelho, ainda que fosse necessário padecer.
Conclusão: A obediência a visão celestial implica, muitas vezes,
sofrimentos terríveis. Muitos perderam seus entes queridos e os
sepultaram em terras estranhas, na obra missionária, mas não
desanimaram. Queres obedecer, hoje, à visão celestial? Cumpra o IDE (Mt
28.19,20).
Orlando Boyer